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Da serie "DESMISTIFICANDO O ESPIRITISMO" - A CASA ESPÍRITA

Reuniões Públicas de Estudos

São reuniões onde se promove os primeiros contatos com os conhecimentos Espíritas aos que se interessem de se aprofundar.

Por serem pessoas de conhecimento filosófico-científico-religioso extremamente heterogêneo aconselhamos às Casas Espíritas que promovam esse contato de forma agradável e para isso possuímos diversas formas de estudos já consagrados e dos quais citados já no início, os ESDE – Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, onde, ade forma didática e pedagógica temos conteúdo elaborado por profissionais da área do Estudo e Saber, abordando de forma clara os postulados iniciais da Doutrina. Nessas apostilas fornecidas pela Federação Espírita  Brasileira, FEB, nos defrontaremos com aulas animadas evitando assim o rigorismo das salas das de aula, mas direcionados para que os próprios aprendizes recolham as conclusões que os temas propõem, cementando o conhecimento de forma mais profunda.
Como dissemos inicialmente, outro material poderá ser adotados pela Casa, atendendo às suas necessidades, e para tanto devem procurar dentro dos lançamentos Espíritas os que melhor se adequem temos, apenas para citar, material desenvolvido pelo Centro Espírita Allan Kardec, de Campinas – São Paulo, com orientação de nossa querida militante Terezinha Oliveira, mas seja
qual for o material adotado, seria de bom alvitre que o dirigente da Casa, ou o Dirigente de Doutrina analisa-se o mesmo antes pois alguns são ortodoxos, outros muito liberalistas, e caberá ao responsável pelo estudo escolher o que melhor reflita a necessidade de momento.
Como parâmetro geral entendemos que essas reuniões não se prestam à prática mediúnica, primeiramente pelo fato de os frequentadores ainda não estarem afeitos a tal prática, em segundo lugar, mentes de fácil excitação, poderemos acabar tendo um “surto” de “médiuns” e isso é anti-producente para com os estudos.  No caso de haver algum médium já educado e frequentador da Casa, e após alguns meses de estudo, pode ser proveitoso que o responsável ou participante da equipe espiritual responsável, dê suas opiniões, participe dos debates, promovendo lentamente o trato com o fenômeno mediúnico aos iniciantes, mas somente se o dirigente possuir tal elemento, abstendo-se das comunicações na dúvida.
É importante também entender que o Espiritismo não obriga ninguém ao estudo, deixando claro que esses estudos não tem por finalidade a solução “milagrosa” de nenhum problema, apenas o propiciar às criaturas elementos novos que lhes permita lidarem com seus problemas de forma mais conscientes, visando o aprimoramento e o progresso espiritual.


 Assistência Social

Cada Sociedade Espírita adapta as Reuniões de Assistência Social às suas condições físicas e de pessoal, mas alguns parâmetros devem ser seguidos, por serem parte da exemplificação da Moral Espírita, e outros devem ser evitados pela confusão mesma que gerarão tanto para os neófitos profitentes, ou seja, colaboradores iniciantes, como para a sociedade como um todo.
Com o advento da mediunidade de Francisco Xavier, em Minas Gerais, e com a forma como esse abordou os diversos aspectos doutrinários, acabou imprimindo certo personalismo em algumas atividades Espíritas que se tornaram sinônimo de conduta doutrinariamente correta, e na Assistência Social é onde percebemos que a modificação foi mais danosa. Na sua forma de ver a caridade e como missão pessoal desenvolveu a assistência ostensiva, aonde as pessoas iam para os locais onde ele estava, mas na verdade, se nos reportarmos a sua biografia, veremos que no início praticava a assistência da forma que preconiza Kardec em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, sem ostentação e oculto, com poucas pessoas indo até onde estavam os necessitados.
Esse aporte histórico visa a chamar a atenção aos Centros Espíritas para que, mais uma vez, não incorram no erro de “endeusar” nenhum médium, e não transformar práticas pessoais em postulados doutrinários.  
A caridade, como preconizada pelo Espiritismo deve ser aquela feita até à saciedade plena da necessidade da pessoa, sem ostentação, ocultando-se o possível de modo a não ofender o que recebe, se alguém se revestir de tal postura estará praticando o “Amar ao próximo como a ti mesmo” ao pé da letra.
Infelizmente a ostentação que os Centros se revestem no ato assistencialista repercute até mesmo quando, pretensamente, querem “ajudar” os demais e lhes enfiam, goela a baixo, o evangelho, obrigando-os a assistir uma reunião doutrinária antes que recebam as cestas ou os auxílios, não respeitando a crença de ninguém e, nem mesmo, o próprio Espiritismo, pois o maculam no que tem de mais profundo que é o respeito à criatura.
É óbvio que não podemos generalizar, existem Agremiações Espiritistas que praticam a caridade no anonimato que respeita e auxilia sem segundas intenções ou para serem vistos pelos demais, Sociedades mantenedoras de Abrigos e asilos para moradores de rua que os acolhem propiciando que recebam alimentação, dormida em ambiente limpo e respeitoso, providenciando documentação caso não a possuam, de forma a permitir, desde que o assistido queira, facilitando a reintegração social do mesmo, mas infelizmente contam-se nos dedos tais casas abnegadas e beneméritas, a maioria ainda quer praticar a caridade pela ostentação, preocupada com os olhares e comentários dos à sua volta, ainda que afirmem categoricamente que não o fazem chegando mesmo a mentir para eles próprios, pois uma análise superficial acaba por mostrar a verdade.

Sempre que o trabalho seja feito em nome do Espiritismo, devemos nos acostumar a praticá-lo livres de ideias pré-concebidas e personalismos.

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