a. Formas de Mediunidade
Existem diversas formas do processo se manifestar, mas todos eles se enquadram em apenas dois tipos de fenômenos, os físicos e os intelectuais, como constatamos em uma “excursão” em “O Livro dos Médiuns”, notadamente na Segunda Parte – Das manifestações espíritas - capítulos 2 e 3, quando Allan Kardec teoriza esses dois tipos de manifestações.
Existem diversas formas do processo se manifestar, mas todos eles se enquadram em apenas dois tipos de fenômenos, os físicos e os intelectuais, como constatamos em uma “excursão” em “O Livro dos Médiuns”, notadamente na Segunda Parte – Das manifestações espíritas - capítulos 2 e 3, quando Allan Kardec teoriza esses dois tipos de manifestações.
· Fenomenologia Física – é quando os Espíritos, utilizando-se da potencialidade mediúnica, projetam os fluidos seus unidos aos animalizados do corpo material do médium, vimos sobre fluidos quando falamos de passes, projetam esses fluidos e obtém movimento de objetos, sons, sensações de “ver” algo, ou “sentir” algo, Kardec utiliza de uma locução interessante, “eles com que dão uma vida fictícia à matéria”. Nesse caso, são Espíritos que possuem familiaridade com o trato de elementos mais grosseiros, ou fluidos condensados, como é o caso da matéria que experimentamos em nosso planeta. Kardec os afirma inferiores, mas não devemos nos precipitar e entender que sejam inferiores na acepção de embrutecidos ou maldosos, mas sim como Espíritos ainda em degraus mais próximos do nosso mesmo, ligado ainda às paixões e aos sentimentos materiais.
· Fenomenologia Intelectual – essa sim a que mais se tem contato hoje, quer pelos seriados de televisão, quer pelos livros e filmes espíritas mesmo, onde acabam por ver o médium nesse tipo de manifestação exercendo o que mais faz, a produção de comunicações de ordem intelectual, seja pela escrita, seja pela voz, seja em alguns casos pela vidência e audiência dos Espíritos, quando secundados por eles.
Nesse ponto podemos nos perguntar, mas por que se trava esse intercâmbio? E a primeira resposta óbvia que nos depara é a vontade pura e simples dos pares em se reencontrar, afinal são os parentes que se “foram”, são os filhos que nos “abandonaram”, ou tantas e tantas situações que existem apenas pelo fato de nos relacionarmos aqui, no mundo das formas. Segundamente, numa análise mais séria, a preocupação mesma dos que estão mais à nossa frente, pelo amor irresoluto que possuem de, se sacrificando a cada comunicação ao alterar seu padrão de vibração, voltar até nós e nos ensinar os caminhos melhores para que possamos discernir melhor nossos passos.
Mas seja qual for a razão que melhor lhe responda, sempre acabaremos por perceber que “quem ama, jamais se separa”, e que a morte é apenas um estado que atinge o corpo físico da criatura e lhe dá o infinito como possibilidade de atuação e crescimento, descortinando-nos, ou antes, reabrindo as portas que no estado físico estão cerradas para que não atrapalhem nossas posturas e nossos sonhos e nossos resgates.
Mas seja qual for a razão que melhor lhe responda, sempre acabaremos por perceber que “quem ama, jamais se separa”, e que a morte é apenas um estado que atinge o corpo físico da criatura e lhe dá o infinito como possibilidade de atuação e crescimento, descortinando-nos, ou antes, reabrindo as portas que no estado físico estão cerradas para que não atrapalhem nossas posturas e nossos sonhos e nossos resgates.
O Espiritismo é uma forma raciocinada que nos convida a reflexões muito profundas a respeito do que somos.
ResponderExcluirDeixo um poema que gosto muito.
Explicação da Eternidade
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devagar, o tempo transforma tudo em tempo.
o ódio transforma-se em tempo, o amor
transforma-se em tempo, a dor transforma-se
em tempo.
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os assuntos que julgávamos mais profundos,
mais impossíveis, mais permanentes e imutáveis,
transformam-se devagar em tempo.
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por si só, o tempo não é nada.
a idade de nada é nada.
a eternidade não existe.
no entanto, a eternidade existe.
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os instantes dos teus olhos parados sobre mim eram eternos.
os instantes do teu sorriso eram eternos.
os instantes do teu corpo de luz eram eternos.
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foste eterna até ao fim.
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José Luís Peixoto, in "A Casa, A Escuridão"
Abraço fraterno.