Podemos nos comunicar com os “outros” mundos? De que forma se dá essa
comunicação?
-“No intercambio entre os mundos, os
semelhantes de atraem, e não é possível contatarmos Espíritos de hierarquias
superiores, senão que eles nos contatem ou sejamos já pertencentes a tal faixa
vibracional....”
Existem formas de
contatar os “outros”, e a mais simples e direta é utilizando-se de médiuns, ou
pessoas como nós que dilataram já sua percepção e estão em contato com o outro
mundo, ou outros mundos. Entre esses médiuns existem, como em tudo que é
humano, charlatões e aproveitadores, mas podemos nos certificar de sua boa
índole analisando, com a razão, o resultado de suas produções pois, de uma
produção séria de fato, não pode estar oculta qualquer suspeição. Diante da
eleição de tal ou qual intermediário podemos tentar o intercambio ostensivo,
solicitando esse ou aquele ente querido do “além”, mas o mais importante mesmo
é inteirar-mo-nos de forma séria dessa inter-relação, questionando, se
necessário, os Espíritos errantes para que nos ensinem, alguns dos possíveis
“segredos” desse mundo aonde, inevitavelmente iremos também habitar. Além dos
tais “médiuns” existem ainda as manifestações não ostensivas e que somos
constantemente deparados no nosso cotidiano, sendo essas mais difíceis de se
perceber. A título de exemplo prático podemos analisar aqueles que possuem uma
intuição desenvolvida e perceber que, muitas das vezes, acabam agindo de forma
contraria, até mesmo às suas convicções, pois recebem através dessa intuição
“conselhos” e auxílios que não negligenciam. Vale mais uma vez a máxima:
Com isso estamos alertando que a sinceridade
de nossas convicções nos põe em contato com Espíritos que se interessem com
tais intenções, posto isso podemos nos colocar em contato com Espíritos de padrão
não superior ao nosso, e mesmo inferior, bastando para tal que queiramos
“brincar” com assunto sério como esse do intercambio, brincalhões existem por
toda parte, aqui e lá, e se essa for nossa intenção eles hão de se mostrar;
outrossim imagine-se querendo esse intercambio para proveito financeiro, facilidades
no sexo, ou outros vícios que na materialidade nos permitimos e, não raro,
tornamo-nos escravos, esses que gostam de tais assuntos também hão de
mostrar-se, donde temos outra máxima para reger o intercambio entre os mundos:
-“Nosso
pensamento torna-se transparente aos olhos dos habitantes do mundo vibracional
logo acima ou igual ao nosso, deixando-nos nus e à mostra nossas mais íntimas
intenções, sem podermos disfarçá-las...”
Esse o maior problema no intercâmbio, na mais
das vezes por serem entidades que pensam iguais a nós e, de forma geral, não
tem capacidade de esboçar qualquer formulação diferente da que faríamos,
passamos a não lhes admitir a presença.
Entretanto o mundo da matéria densa, sendo
não mais que efeito do mundo espiritual, uma vez que a causa subsisti ao efeito
e o mundo espiritual preserva-se ao mundo material, podemos afirmar que mesmo
que não percebamos aquele, de uma ou outra forma, ele interage com esse.
Cumpre-nos tentar de alguma forma contatar Espíritos de mundos superiores ao
nosso e, para tal demos a fórmula, nossos pensamentos tornam-se
transparentes e, com isso, devemos tê-los da melhor forma possível,
outrossim não é possível formularmos pensamentos em desacordo com nossas reais
intenções, pois essas são expostas no mundo espiritual, daí devemos procurar
uma postura reta e coerente. Também a respeito do padrão dos pensamentos, é
necessária uma constância, uma meta real, uma “firmeza” do pensamento para que,
formulando com poder e certeza nossas ambições eles possam ser apreendidos
pelos do “outro mundo”.
A título de exercício podemos propor o
seguinte, determine uma hora e um dia apropriado onde você fique tranqüilo e alheio
às coisas do seu dia-a-dia. Pegue algumas folhas de papel, de preferência sem
pauta, um lápis, geralmente é melhor que lapiseira pois facilita segurá-lo com
mais habilidade, solicite o auxílio de um Espírito guia (aqui nos reservamos a
um parêntese, não encare essa estória de guia como sendo algo do “além”, é um
amigo mesmo que lhe quer o bem e creia, ele já está ai.) e tente formular uma
pergunta, por exemplo: Meu Espírito guia, você poderia facilitar-me esse
intercambio? Ou outra que queira. Após o que se deve deixar a mão um pouco
acima do papel e o braço não encostado na mesa, permitindo que o braço possa
ser “empurrado” caso o Espírito assim o deseje. Tente por duas ou três semanas,
repetindo sempre a mesma pergunta e o mesmo procedimento no mesmo dia e horário
determinado, caso não consiga nada ou apenas alguns poucos rabiscos ou
“cutucões” no braço (o que com certeza ocorrerá, no mínimo) sugerimos procurar
um médium já desenvolvido e perguntar, através dele ao seu Espírito amigo, como melhor proceder e se é possível que você desenvolva tal ou qual
faculdade.
Alguns itens são importantes para a tentativa
de desenvolvimento,
primeiro: seriedade, posturas levianas atraem
Espíritos levianos;
segundo: disciplina de dia e hora, os Espíritos
também tem seus afazeres e precisam coordenar seu tempo para o intercambio;
terceiro:
objetividade, afinal fazer por fazer não possibilita a realização de nada,
nem aqui nem além, e os Espíritos sérios e amigos estão dispostos a nos ajudar,
desde que com seriedade, com tais posturas podem-se contatar Espíritos em
condições melhores ou mesmo iguais à nossa, mas com possibilidades reais de nos favorecer quanto ao
outro mundo e como caminhar corretamente para o progresso.
A comunicação entre os mundos não é, como
pensam os simplórios, um ato de “incorporação” onde o Espírito “entra” no nosso
corpo; o corpo é só nosso e ninguém entra nele a não sermos nós no ato do
nascimento, portanto é errônea a idéia que numa comunicação o Espírito
comunicante pode não querer sair, tolice dos simplórios! O que ocorre na
verdade é uma comunicação de pensamentos, os do outro mundo através do padrão
vibracional de seus pensamentos irradiam para nós suas idéias e essas são
captadas por aqueles que podem fazê-lo, e podemos fazê-lo nos exercitando como
acima descrito. No mais, com nossa permissão, nossos pensamentos se entrelaçam
e permitimos que utilizem nosso braço, nossa mão, movimentando-os e escrevendo.
Outra forma é atentarmos para nosso padrão
mental, nossos pensamentos, nossas limitações, muitas vezes nos vem à mente
idéias que não são nossas, pensamentos diversos do corriqueiro, ás vezes
soluções de problemas que estamos martelando há dias sem sucesso. São, muita
das vezes, mentalizações de Espíritos amigos que nos ajudam, interessados que
estão em nosso sucesso. Fácil perceber se os pensamentos são ou não nossos,
desde que nos conheçamos de verdade e saibamos nossas limitações e nossas
predileções, pois essas comunicações ocorrem diversas vezes e não nos atentamos
para elas, atribuindo-as à sorte, ou mesmo orgulhosamente a criações nossas. Na
verdade a comunicação ostensiva com o Espírito movendo nosso braço ou “tomando”
nossa mente e colocando ai pensamentos diversos existe e é comprovada, até
mesmo pela ciência, vejam-se estudos com Francisco Xavier e outros médiuns, mas
na verdade toda hora ocorre a comunicação através da intuição e podemos mesmo
dialogar com esse Espírito perguntando-lhe coisas e auferindo suas respostas,
sendo esse o meio de comunicação mais direta, segura e proveitosa pois se dá em
qualquer lugar, a qualquer hora, sem intermediários, uma vez plenamente
desenvolvida.
Espíritos são as potencias da natureza a se
expressarem desde os casos de intuição até os de materializações. Aviso de
morte por entre queridos, sustos do poltergeister, fascinação, obsessão e
outros, compartilhando conosco desse mundo em que vivemos, embora alguns em
outras faixas vibratórias.
Citamos apenas para comentário pois trataremos disso
mais à frente, o caso de fascinação e obsessões diversas, fascinação é o fato
real e comprovado onde, por dívidas de nossa parte e créditos pela parte do
outro, no caso um Espírito, esse pode se nos fascinar e iludir-nos, controlando
nossos pensamentos, nossas preferências, nossas relações e, enfim, nossa vida.
Obsessão é o controle total efetuado pelo Espírito sobre o encarnado, é um
degrau posterior da fascinação, podendo vir a ocorrer sem aquela. São casos
explícitos onde, devido a crimes de ambas as partes tanto o “morto” como o
“vivo” numa constante troca de créditos e débitos entre eles, não com a justiça
divina, se influenciam mutuamente. É o único caso onde o Espírito “toma conta”
do corpo do encarnado, regendo-lhe atitudes, pensamentos e mesmo criando muitas
das patologias psicológicas denominadas de múltiplas identidades.
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