A
mãe de Jesus, a irmã dela, Maria mulher de Cleófas, e Maria Madalena estavam
junto à cruz, Jesus via a mãe e, ao lado dela, o discípulo a quem ele tanto
amava. Então disse à Mãe: -“Mulher, eis ai o teu filho”. Depois disso disse ao
discípulo: - “ Eis ai tua mãe”. E dessa hora em diante o discípulo a recebeu em
sua casa. – João 19:25-17
Na verdade, ao interpretarmos a passagem bíblica, transcrita do evangelho de João Evangelista devemos nos atentar a alguns fatos, quais sejam:
Comentam os historiadores bíblicos que João era irmão de Jesus, assim porque ele estaria passando a maternidade de Maria para João se, de fato, ela já existia?
Um segundo ponto é o fato de “...e dessa hora em diante o discípulo a recebeu em casa.” Denotando que talvez seja possível existisse alguma desavença entre eles.
De
qualquer forma, o enfoque que queremos dar é pertinente à maternidade em si,
que durante todo processo de trabalho de Jesus, fez-se presente e apoiando-o em
sua tarefa, mas que ao final de sua vida, ainda junto, foi concitada a deixa-lo
desencarnar e ela, a mãe, seguir seu caminho, mas não sem o amparo de um de
seus filhos queridos, no caso João.
A
maternidade suporta, no decorrer de sua vida, os mais diversos dissabores e
alegrias, são mães que tem seus rebentos aliciados pelo crime e pelas drogas,
são mães que os tem aliciados pela política enganosa, dita politicalha, pela
expressão maior de Rui Barbosa, definindo a sujeira que pareia com ela, são
mães que choram com seus filhos e filhas diante da pobreza incontrolável que
lhes tira a dignidade mesmo da vida, mas em todos esses momentos de dor a visão
divina da mãe enxerga sempre o filhinho desprotegido a suplicar-lhe o colo
fraterno e acolhedor.
É
a essas pessoas, mães, que rendemos um culto comercial formatado num dia
específico, criado para fomentar as vendas e o comércio,
No
entanto para nós, Espíritos imortais, elas estão acima disso e todos os dias
devem ser homenageadas, a genitora querida que nos proporcionou uma experiência
nova na carne, possibilidade de progresso e aprimoramento de nossas virtudes.
É
verdade que às vezes parecem castradoras, de outras meio distantes, e ainda em
outras extremamente apegadas e dependentes, mas que queremos? São Espíritos
como nós que granjeiam o progresso e repletos de problemas também, mas que
independente de seus problemas e necessidades, ofereceram-se, na maioria dos
casos, para que pudéssemos reencarnar e, apenas por isso, senão por todo
desvelo e amor com que nos cuidaram, merecem nosso carinho especial eterno.
Voltando
à passagem bíblica e analisando a outra possibilidade da colocação de Jesus, vemo-lo
exortando João a cuidar de sua querida mãezinha, e aprendendo a lição, também
nós, num dado momento, seremos exortados ao amparo onde, chamados a desempenhar
o papel de tutores, amigos, irmãos e acima de tudo, filhos comprometidos, nos
veremos a cuidar dessa querida alma, sendo nossa vez de lhes proporcionar amor,
aconchego, segurança e paz. Não sejamos ingratos nessa hora a desprezar aquela
que nos aninhou em seu seio.
Muita
paz!
Caio
Varo
Portinari
as imagens vieram da internet, algumas podem ter direitos autorais.
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